Ficar desempregado é melhor do que sofrer no trabalho?

Ficar desempregado é melhor do que sofrer no trabalho é uma das matérias da Revista Super Interessante de agosto de 2011.

"Ao longo de 7 anos, cientistas australianos aplicaram questionários para medir o grau de felicidade dos voluntários (seus empregos também foram analisados) e esse estudo concluiu que as pessoas desempregadas apresentavam um nível de felicidade maior do que os que estavam em empregos ruins."

“Ao longo do estudo, quem trocou o desemprego por um emprego ruim, viu sua felicidade cair ainda mais”, ou seja “ficar sem emprego é ruim, mas sofrer no trabalho é ainda pior”. Segundo Peter Butterworth psiquiatra da Universidade Nacional da Austrália e coordenador da pesquisa, “o emprego ruim faz a pessoa perder saúde mental”.
   

Sinceramente? Adooreiiiii essa matéria! E tenho certeza que muitos que a leram, tiveram uma vontade imediata de sair correndo e pedir as contas. Afinal, é tudo que as pessoas que estão desgastadas devido ao seu emprego estão precisando... “um apoio”. Obaaaa, então vamos nos levantar e pedir a conta agora, certo??

ERRADO!! Não discordo da pesquisa de maneira alguma, confesso até que já me senti péssima em um antigo emprego, mas não tinha “forças para sair”, mas acho sinceramente que para deixarmos um emprego, precisamos avaliar algumas pequenas coisinhas para não corrermos o risco de pegar “outra bomba” ou algo “pior” (pois acredite, existe algo pior).

Vocês podem estar pensando: “Nossa! Para tudo na vida, eu tenho que fazer um planejamento?”

Bom... a resposta agora é MAIS OU MENOS isso, explico o porquê abaixo.

Não tenho dúvidas de que muitos empregos estão tirando a saúde mental de muitas pessoas, realmente há empregos que são um “fardo”. Mas abandonar um emprego para correr desesperada atrás de outro, faz com que não consigamos “enxergar de maneira sensata”, onde estamos pisando, e daí aquele ditado “caiu na rede, é peixe” acaba se concretizando; ou seja, aceitamos o primeiro emprego que nos “aceita” e que na maioria das vezes acaba sendo a continuação da tortura pela qual já estávamos passando, com uma única diferença: a troca dos nomes das pessoas e do local de trabalho.

Um planejamento te permitirá olhar a situação de fora e fará com que tudo fique mais claro. O que ocorre é que muitas pessoas preferem NÃO ver a situação de fora, pois é muito mais fácil "acreditar", que depois que pedirem a conta, tudo vai dar certo; do que ter que AGIR para que tudo dê certo.

Então, não adianta fugir e vamos ao planejamento.

Coloque no papel (sim, tem que colocar no papel, porque quando escrevemos, dificilmente deixamos passar detalhes e se deixarmos passar... ao lembrarmos é só pegar o papelzinho antigo e incluir o que faltava).
Ups, onde estava mesmo? Ahh sim, dizia para colocar no papel todas suas qualidades pessoais e profissionais e o que ainda necessita ser desenvolvido para conquista do tão sonhado emprego.

Você pode achar uma lista gigantesca de habilidades que precisa desenvolver, mas se der o primeiro passo, quando menos esperar, vai chegar ao destino final.

Observe quais habilidades são mais necessárias neste momento. Por exemplo, às vezes a autoestima é mais necessária do que um conhecimento técnico, e ao melhorar sua autoestima, vários itens desaparecem da sua primeira listinha. (Isso é só um exemplo, ok?)

Após o levantamento do que precisa adquirir, analise a lista feita e classifique o que é possível adquirir em curto, médio e longo prazo (determinadas habilidades só tem como serem desenvolvidas “a longo prazo”, como por exemplo a aprendizagem de um segundo idioma).

Após esta classificação você poderá escolher uma ordem de prioridade para “correr atrás do que lhe falta”.
Uma dica: Escolher inicialmente desenvolver somente atividades que precisam de um longo prazo, podem lhe causar frustração pela demora no resultado. Opte por uma de longo prazo (a que você identificar como a mais importante desta categoria), intercalando-a sempre com as outras categorias (curto e médio prazo), para que você sinta sua evolução pessoal e profissional.

Faça também as contas de todas as despesas que você “tem” que pagar. Analise onde você pode diminuir os gastos e se for preciso... anote todas as despesas que você tem diariamente, para entender para onde seu dinheiro está sendo destinado. Por incrível que pareça, uma queixa muito comum entre as pessoas, “é a do sumiço do dinheiro”. Muitas pessoas não sabem para onde vai o dinheiro, só percebem que no fim do mês não “sobra” nada do salário delas”...

Para evitar que esse problema ocorra com você, faça este teste: Por 1 mês, coloque um bloquinho no seu bolso e cada vez que comprar algo, anote (seja uma roupa ou uma bala – independente do valor).  Você terá grandes surpresas e descobrirá para “onde” seu amado dinheiro anda escapando e com esse conhecimento, poderá controlá-lo melhor.

Após saber qual habilidade lhe falta e o quanto você pode “poupar mensalmente”, mãos a obra!

Eu sei que à primeira vista, o processo pode parecer trabalhoso. Isso ocorre por duas razões:
- Primeiro, porque é a primeira vez que você o faz.

- Segundo, porque o nosso cérebro tem a tendência a “preferir” atitudes/situações conhecidas, mesmo que estas atitudes/situações estejam “nos matando”. (Você já percebeu que tem situações que se repetem, se repetem e se repetem nas nossas vidas? Então, isso ocorre porque a gente acaba optando por agir sempre da mesma maneira a tentar uma nova atitude).

Mas agora que você já sabe de tudo isso e tem todos os recursos que precisa para fazer um ótimo planejamento baseado em fatos “reais”, mesmo que você descubra que a data da sua “libertação” está longe; trabalhar "naquele" lugar, terá uma dose de “motivação” concreta: a data da assinatura da sua Lei Áurea.

Planeje a sua saída com “glamour” e a partir de hoje AÇÃO!


Então, o que você está esperando? Mãos à obra, afinal, você já tem uma tarefa para esse final de semana!!!